Câncer de Pele  

 Câncer de Pele


Autor:Dra Andréia Bufoni Farah

 

Os tumores malignos de pele são mais freqüentes em paises tropicais, como o nosso, devido a relação causal destes com a exposição à luz solar e seus raios ultravioletas. O câncer de pele é provocado principalmente pela  excessiva exposição ao sol sem a devida proteção, em indivíduos predispostos. Normalmente as pessoas de pele clara, que tem dificuldade para se bronzear, ou tomam sol sem proteção adequada são as mais susceptíveis.

 

 A presença de nevus (pintas) pigmentados múltiplos também é um fator de risco. A neoplasia de pele vem aumentando sua incidência em praticamente todo o mundo, com 1.200.000 casos novos por ano, somente nos Estados Unidos, e 10 mil óbitos. Entre nós, estima-se 100 mil novos casos a cada ano.

 

Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma. Os raios que precipitam o aparecimento de lesões cancerosas são especialmente os UV-B (Ultravioleta B - são raios de curto comprimento, com um nível de energia que permite rápido bronzeamento, mas que podem provocar queimaduras graves). Eles atingem o núcleo das células que provocam mutação dos cromossomos.

 

O carcinoma basocelular  corresponde a aproximadamente 70% dos tumores e tem baixa malignidade. Pode provocar grandes deformações, mas não leva à morte, na grande maioria. Está relacionado diretamente à exposição aos raios UVB e atinge com mais freqüência pessoas de pele, cabelo e olhos claros. O principal fator predisponente é a exposição solar, mas existem outros fatores, como: radiação de radioterapia, exposição ao arsênio e causas genéticas (xeroderma pigmentoso, albinismo).

 

Tem crescimento lento e se manifesta em áreas expostas ao sol, como face, braços, colo e mãos e, freqüentemente, é indolor. Aparece através de nódulos e feridas que não cicatrizam. O tratamento é basicamente cirúrgico.

 

O carcinoma espinocelular corresponde a 15% dos casos e tem caráter mais invasor que o basocelular, podendo dar metástases (disseminação para outros locais) se não diagnosticado e tratado. Ocorre principalmente em pessoas de pele e olhos claros e com maior exposição solar e ao fumo.

 

Algumas lesões de pele podem se transformar neste tipo de tumor: queratoses actínicas, queilites actínicas, radiodermites crônicas e cicatrizes de queimaduras.

 

Localizam com maior freqüência na face, nos lábios inferiores, orelhas, dorso das mãos e genitais.

 

O melanoma é a transformação maligna dos melanócitos (células produtoras de pigmentos). É um dos cânceres que mais crescem no mundo. O melanoma é uma doença grave, que, se submetida a um tratamento precoce, é curável.

O diagnóstico do melanoma é feito principalmente através de pintas preexistentes, que mostram sinais como mudança de cor e aspecto. Os melanomas diferem dos nevos pigmentares por serem tumores extremamente malignos da pele, apresentam bordas irregulares com saliências e reentrâncias, variações de tons e diâmetro maior. A lesão inicial cresce rapidamente, causando metástases em diversos órgãos (fígado, cérebro, pulmões etc). As localizações mais freqüentes são: parte superior das costas, braços, antebraços, coxas e pernas, porém podem existir em qualquer parte do corpo.

 

 Os nevus pigmentares (pintas) apresentam sinais de transformação maligna quando crescem em extensão, tornam-se sensíveis ou pruriginosos, mais pigmentados, adquire halo avermelhado, com ulcerações freqüentes. O diagnóstico de melanona é realizado pela biópsia da lesão suspeita.

 

Os cânceres de pele têm cura quando diagnosticados e tratados na fase inicial, mesmo o melanoma, considerado o mais grave deles. Se a pessoa tiver uma ferida que não cicatriza, uma pinta dentro desse perfil, a visita ao médico é primordial e o tratamento é na grande maioria das vezes cirúrgico.

 

A prevenção do Câncer de pele é possível através da fotoproteção saiba mais...